homenagem a poeta Adalgisa Nery (1905-1980) na Fundação Casa de Rui Barbosa, dia 30 de setembro, às 18h. vou mediar a conversa entre Ana Arruda Callado, Dalva Nery e Elizabeth Feldhuzen.
"Um dia, como um dia para toda adolescente, eu senti que amava um homem. Conheci então uma nova paisagem da minha alma. Descobri nesse sentimento um senso de beleza capaz de afugentar todas as sombras acumuladas dentro do meu ser. Pela primeira vez, tive a sensação exata de força e liberdade. Lembro-me que, imantada por ele, eu me integrei totalmente em todas as partículas da vida e da natureza. Subindo os degraus de uma escada de pedra, reparei nas formigas que cruzavam e, com cuidado especial, procurei não esmagá-las com os meus pés. Fitei com uma ternura cuidadosa as plantas, as flores, as andorinhas, que traçavam espaço e a poeira de orvalho caída sobre as folhagens. Aprendi as cores nas luzes das manhãs e nas tonalidades do anoitecer. Eu estava no processo da metamorfose. Em tudo eu encontrava uma duplicidade de sentido. Estava sob a função de reminiscências eternas que atuavam como ligação do divino que surge no humano e com o divino que se entende no universo. Havia um abandono alegre no meu ser acompanhando a causa misteriosa. E, de repente, me senti identificada com a vida. Tive a impressão de que uma grande chuva caíra sobre o mundo, e agora se apresentava lavado, fresco, radiante. Creio que os meus gestos se tornaram harmoniosos, a minha voz era o eco da música das águas cantantes e a minha memória só se recordava das formas perfeitas, para essa nova construção. Foi uma fase de grandeza aguda e espetacular da minha alma. De tudo emanava doçura e leveza compensadoras".
[Trecho do romance autobiográfico A imaginária, publicado em 1957, o sétimo livro de Adalgisa Nery]
"Não existe frase final, toda frase é um recomeço", professor Latuf Isaias Mucci - Doutor em Letras (UFRJ) e Professor de Teoria da Arte na UFF (Universidade Federal Fluminense).
Professor Latuf faleceu dia 9 de setembro de 2010.
condição de estar só de forma reflexiva, com repercussões criativas
["sozinhez": expressão inventada por paulo mendes campos, na crônica 'para maria da graça' - volume 4 da coleção 'para gostar de ler', editora ática, 1989]
[noite de lisboa com auto-retrato e sombra de ian curtis]
Al Berto nasceu a 11 de janeiro de 1948 em Coimbra, Portugal. Seu nome de batismo era Alberto Raposo Pidwell Tavares. Estudou em Lisboa, primeiramente, e mais tarde viajou a Bruxelas para estudar pintura. Voltou a Portugal na década de 70, onde passou a dedicar-se exclusivamente à escrita. Publicou vários livros de poesia, como Meu Fruto de Morder, Todas as Horas (1980), Salsugem (1984) e Horto de Incêndio (1997), mas foi a coletânea O Medo, com poemas escritos entre 1974 e 1986, editada pela primeira vez em 1987, que trouxe o reconhecimento da importância de Al Berto no panorama da poesia portuguesa contemporânea, tornando-se o livro mais conhecido do poeta português, ao qual seriam adicionados em posteriores edições novos escritos do autor, mesmo após a sua morte. Al Berto tornou-se um dos poetas mais conhecidos do Portugal pós-Salazar, por fazer de “Al Berto” uma criação poética em que a vida e a obra se entrelaçavam. Atualmente, sua obra é editada pela prestigiosa Assírio & Alvim. Al Berto morreu em 1997.
A quoi ça sert l'amour ? On raconte toujours Des histoires insensées. A quoi ça sert d'aimer ?
L'amour ne s'explique pas ! C'est une chose comme ça, Qui vient on ne sait d'où Et vous prend tout à coup.
Moi, j'ai entendu dire Que l'amour fait souffrir, Que l'amour fait pleurer. A quoi ça sert d'aimer ?
L'amour ça sert à quoi ? A nous donner d' la joie Avec des larmes aux yeux... C'est triste et merveilleux !
Pourtant on dit souvent Que l'amour est décevant, Qu'il y en a un sur deux Qui n'est jamais heureux...
Même quand on l'a perdu, L'amour qu'on a connu Vous laisse un goùt de miel. L'amour c'est éternel !
Tout ça, c'est très joli, Mais quand tout est fini, Il ne vous reste rien Qu'un immense chagrin...
Tout ce qui maintenant Te semble déchirant, Demain, sera pour toi Un souvenir de joie !
En somme, si j'ai compris, Sans amour dans la vie, Sans ses joies, ses chagrins, On a vécu pour rien ?
Mais oui ! Regarde-moi ! A chaque fois j'y crois Et j'y croirai toujours... Ça sert à ça, l'amour ! Mais toi, t'es le dernier, Mais toi, t'es le premier ! Avant toi, 'y avait rien, Avec toi je suis bien ! C'est toi que je voulais, C'est toi qu'il me fallait ! Toi qui j'aimerai toujours... Ça sert à ça, l'amour !...
Louis Garrel et Grégoire Leprince-Ringuet chantent "La Beauté du geste" (As-tu déjà aimé) à l'Alhambra (Paris) le 25 mars 2010.
As Tu Déjà Aimé? [Les Chansons D'amour]
As-tu déjà aimé pour la beauté du geste? As-tu déjà croqué la pomme à pleine dent? Pour la saveur du fruit sa douceur et son zeste T'es tu perdu souvent?
Oui, j'ai déjà aimé pour la beauté du geste mais la pomme était dure. Je m'y suis cassé les dents. Ces passions immatures, ces amours indigestes m'ont écoeuré souvent
Les amours qui durent font des amants exsangues, et leurs baisers trop mûrs nous pourrissent la langue
Les amour passagères ont des futiles fièvres, et leur baiser trop verts nous écorchent les lèvres
Car a vouloir s'aimer pour la beauté du geste, le ver dans la pomme nous glisse entre les dents. Il nous ronge le coeur, le cerveau et le reste, nous vide lentement
Mais lorsqu'on ose s'aimer pour la beauté du geste, ce ver dans la pomme qui glisse entre les dents, nous embaume le coeur, le cerveau et nous laisse son parfum au dedans
Les amours passagères font de futils efforts Leurs caresses ephémères nous faitguent le corps
Les amours qui durent font les amants moins beaux Leurs caresses, à l'usure, ont raison de nos peaux.
"A viagem é muito individual, não é? [silêncio] Eu acho que tem que doer um pouco, a escrita. Se não doer um pouco tem alguma coisa errada aí. A não ser que o cara seja um escritor de questões históricas... Seja muito distante da psicologia pessoal, está mais preocupado com o mundo objetivo etc. Se não, acho que tem que doer um pouco. Na literatura, tem que ir um pouco além daquilo que você vive, daquilo que se é obrigado a viver no meio social... Esconde-se muita coisa diante dos outros. E na literatura tem que se desvelar, revelar isso... É isso que dói. Eu quando escrevo fico pensando: “Essas coisas não se dizem! Não devem ser ditas”. Não, vamos dizê-las, sim.mos dizê-las, sim."
Ansiosos, os estudantes adolescentes aguardavam o início da pré-estreia de Bethânia e as Palavras, no Teatro Fashion Mall, no Rio de Janeiro. Alguns empunhavam cadernos com declarações de amor, outros levavam discos com fotos da cantora, muitos falavam alto, gargalhavam. Quando Maria Bethânia subiu ao palco, com os pés sempre descalços, o silêncio tomou conta do ambiente, para, em seguida, ser cortado por aplausos e gritos elogiosos.
Bethânia, mãos ao alto, óculos no rosto, longe do microfone, no centro do palco, canta, à capela, com sua voz híbrida, um trecho de música em reverência a Iansã, deusa africana dos ventos e das tempestades. O público torna a ficar em silêncio, aguardando o próximo gesto da cantora, que, de tão imponente, lembra o próprio orixá de que é devota. Tomando o microfone, a intérprete abre o espetáculo assumindo seu amor pela palavra falada, confessando a alegria e a surpresa de estar no teatro para fazer leitura de textos.
Mesclando canções, Bethânia lê dramaticamente, acompanhada do violonista Luiz Brasil (que, por esquecer de tocar o violão durante a leitura de alguns poemas, levou uma bronca da cantora) e do percussionista Carlos Cesar, de poetas e escritores que marcaram sua vida: Sophia de Mello Breyner Andersen, Cecilia Meireles, Clarice Lispector, Manuel Bandeira, Fausto Fawcett, Wally Salomão, Cacaso, Ferreira Gullar, Fernando Pessoa. "O palco é sempre lugar de aprender", afirma Bethânia, para em seguida cantarolar um trecho da música “O que é? O que é?”, de Gonzaguinha: "Viver! / E não ter a vergonha / De ser feliz ".
Apresentada às palavras pelo professor Nestor de Oliveira, mestre de sua cidade natal, Santo Amaro da Purificação, no interior da Bahia, Bethânia expõe sua intimidade com textos de escritores e poetas, principalmente com Fernando Pessoa - cuja reverência rendeu à Maricotinha a Ordem do Desassossego, da Casa Fernando Pessoa, em Portugal. “Mesmo estudando no recôncavo da Bahia, é possível se encantar com as palavras. É uma prova que é possível uma educação plena”, diz a cantora, que dedicou o espetáculo a suas mestras Teresa Aragão (ex-mulher de Ferreira Gullar) e Violeta Arraes. A intérprete também agradeceu aos alunos e professores presentes na plateia, entre eles Julio Diniz, diretor do departamento de Letras da PUC - Rio, seu amigo e colaborador.
O novo espetáculo de Maria Bethânia, criado em 2009 a partir de um convite da Universidade Federal de Minas Gerais para participar do ciclo de conferências Sentimentos do mundo, é uma declaração de amor à língua portuguesa.
Entre versos e canções, no palco, Maria Bethânia é um “orixá das palavras”.
>>> Maria Bethânia conversa com Leilane Neubarth (Globo News) sobre o espetáculo " Bethânia e as Palavras":
>>> Assista à entrevista exclusiva de Maria Bethânia ao SaraivaConteúdo:
quarta-feira, setembro 01, 2010
sonhei que me transformava num cachorro engolidor de tempo
Ramon Nunes Mello (14/02/1984), natural de Araruama/RJ, é poeta, escritor e jornalista. Possui graduação em jornalismo pela UniverCidade (2008) e em artes dramáticas pela Escola de Teatro Martins Pena (2004). Como repórter entrevistou mais de 120 escritores brasileiros. É autor dos livros Vinis mofados (2009) e Poemas tirados de notícias de jornal (2011) - contemplado pelo Edital de Autores Fluminenses 2010/2011. Poeta convidado do Rio Occupation London no Battersea Arts Centre (2012). Organizou Escolhas (2009), autobiografia da professora Heloisa Buarque de Hollanda; coorganizou, com Heloisa Buarque, Enter, antologia digital (2009) e, com Marcio Debellian, Maria Bethânia Guerreira Guerrilha, de Reynaldo Jardim (2011). Participou das antologias Como se não houvesse amanhã, 20 contos inspirados em letras da Legião Urbana; (2010), Rio-Haiti, 101 histórias; (2010), Liberdade até agora; (2011), Porto do Rio – Do início ao fim (2012). Curador e responsável legal pela obra de Rodrigo de Souza Leão (1965-2009). Curador e organizador da obra de Adalgisa Nery (1905-1980).
Vers de Circonstance
-
I. imunidade de rebanho
A estupidez é sua própria recompensa.
Graças a ela, o mundo faz sentido,
um só, que é fácil de identificar.
E só o fácil satisfaz a ...
QUAIS SÂO OS LIMITES DA FICÇÃO?
-
Vi esses dias uma discussão interessante, perigosa, num canal sobre livros.
Uma autora australiana de literatura “hot” foi presa por autopublicar um
...
Fim de semana
-
Uma série – Adolescence. Um podcast – Coisa que não edifica nem destrói.
Uma memória – Brian Burrough e a antiga Vanity Fair (aqui). Uma edição – O
ódio pe...
ADRIANA SUA LINDA
-
"Intuição é quando o seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido."
"Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes"
disse a perna...
Mãe-Plantinha
-
A procissão da casa tosse para te lembrar, Mãe-Plantinha Teus pássaros
batem isolinos as cartelas de comprimidos As caixas te decoram levando teu
rosto até...
Mais um esclarecimento
-
Um podcast recente conta uma história acontecida há 14 anos: um homem traiu
sua mulher, a mulher descobriu a traição, o homem chorou as pitangas numa
lista...
CeM 25 anos! Depoimento: Leonardo Brant
-
O Cultura e Mercado completa 25 anos em 2023! Como parte das comemorações,
iremos publicar 25 depoimentos de parceiros muito
-
*É com imenso prazer que publico aqui o belíssmo poema que o grande
Acadêmico Arnaldo Niskier me presenteou no dia do meu aniversário, 6 de
outubro:*...
Emblemas e sagrações de Ariano Suassuna
-
[image: Abertura Ariano MatheusMelo]
Ao enxergar a arte como um acerto de contas com a realidade, ainda muito
jovem, o escritor Ariano Suassuna (1927-201...
Berbagai Keuntungan Bermain Di Judi QQ Online
-
QQ online memberikan banyak keuntungan bagi pemain yang beruntung.
Permainan QQ adalah jenis permainan kartu yang mana pemain harus memiliki
setidaknya n...
Beethoven acima de todos
-
"A luta é a marca fundamental na vida de Beethoven", explica Thierry
Fischer, regente titular e diretor musical da Orquestra Sinfônica do Estado
de São Pa...
FEIRA DO LIVRO DE LISBOA
-
aqui ficam as datas / horas em que estarei na FEIRA DO LIVRO DE LISBOA, no
pavilhão da Penguin Random House (D95-D105), para assinar autógrafos e
convers...
A telepatia são os outros: livro novo!
-
"Trata-se de uma novela de grandes terremotos, tanto sísmicos quanto
existenciais", Enéias Tavares. O livro inaugura a coleção Universo Insólito
da Monom...
-
Só agora assisti esse filme, cuja estreia se deu por aqui em fevereiro.
Convém deixar claro que esse não é um texto de crítica de cinema, ofício
que não ...
esforço extra
-
Então, fazes o tal esforço, um esforço extra, o que seria se dissesses tudo
o que pensas, quem sobreviveria a tal chorrilho de disparates, nem tu, por
sa...
"Depois daquela viagem" é aprovado no PNLD
-
É com muita alegria que anuncio que o “Depois daquela viagem” foi aprovado
no âmbito do Programa Nacional do Livro e do Material Didático – PNLD 2018
Li...
Ilza lê Borges
-
'O alegre cinismo borgiano'
Trecho de entrevista publicada no Jornal de Hoje, Natal, 1999.
A seguir, a fala da ensaísta e profª. Ilza Matias de Souza (UFR...
Os livros que fazem feministas
-
Autoras como Margaret Atwood, Mary Beard, Naomi Klein ou Jeanette Winterson
dizem que livros as fizeram ser feministas. Depoimentos a reter.
Twin Peaks: aconteceu de novo
-
Em 1990-91, *Twin Peaks* deixou pessoas no mundo todo grudadas à TV com
dois ingredientes fortes: uma investigação de assassinato e muita
bizarrice. Diz-s...
Admiradíssima
-
Acabo descobrir que foi há cinco anos, nesse mesmo dia, que eu inventei,
meio sem querer, a série "Admirada": eu dizendo os poemas que amo lá no meu
canal ...
-
CHAFARIZ DAS MUSAS
Notas de uma visita ao Rio
Quem fixa o olhar acima do espelho d'água
percebe de imediato o contraste entre a solidez da construção,
compo...
Ferreira Gullar conta como escreveu “Poema sujo”
-
Publicado originalmente em 1976, Poema sujo transformou a paisagem da
poesia brasileira com sua torrente arrebatadora de versos, expressão máxima
de uma su...
Poesia e silêncio
-
Uma equação _ resume o dicionário _ é a redução de uma questão a
seus pontos essenciais. Equações poéticas, concisas e desafiadoras,
atravessa...
"Perda"
-
Do livro *Barulhos* (1987):
Perda
a
Mario Pedrosa
Foi no dia seguinte. Na janela pensei:
Mário não existe mais.
Com seu sorriso o olhar afetuoso a...
-
Hoje com as asinhas pra fora. Ainda não sei como será. Ou se será. Escrever
em blogue. De novo e de novo. Assim: como um que engorda a pulga que,
pulga fe...
O calor, crónica publicada no Diário de Notícias
-
*Heat. This is what cities mean to me.*
*Don Delillo*
O primeiro dia do ano no Rio de Janeiro teve uma sensação térmica de 45
graus. Às oito da manh...
Depois do Natal
-
Dezembro e é óbvio que o Natal já chegou. Se não bastassem todos os
prédios cheios de luzes e lojas decoradas, tem uma puta árvore iluminada no
meio da La...
CRITICA "O DIA EM QUE SAM" - REVISTA CULT
-
O que ainda mantém o homem vivo?
"O dia em que Sam morreu" empenha o vigor que a palavra pode exalar no
teatro para tratar da obsolescência do homem
Fot...
Passa-se o ponto
-
Bom, enrolei o que pude antes de anunciar o inevitável: este Não me Culpem
pelo Aspecto Sinistro está baixando as portas. Primeiro, porque um raio dum
pau ...
Novo site do GLOBO ganha seção dedicada a livros
-
O novo site do GLOBO está no ar! A partir deste sábado, você pode ler
reportagens, resenhas e artigos do Prosa, além de toda a cobertura de
livros do jor...
Até breve
-
A série de equívocos cometidos pelo Império Serrano nos últimos anos é
farta e variada. Em que pese a má vontade das ligas com a escola, a falta
de dinheir...
Novo blog
-
Criei um novo blog. Em vermelho.
Porque a fraternidade é vermelha.
Já que escrevo sobre gente simples
e sobre o amor fraternal, esta cor é
simbolicamente per...
Plebiscito em Marte
-
(O GLOBO) Os parasitas da nação estão em festa. Os efeitos dos protestos de
rua estão tomando o melhor caminho possível (para eles): constituinte,
plebisci...
Um dia, um blog II
-
O tempo das coisas passa. Passou o do blog também, mesmo com a tentativa
de reanimá-lo há alguns meses. Hanói, meu novo romance, está aí na esquina:
a pre...
-
Venho pela XV. Pessoas aos milhares, para cá e para lá, cegos com bengala,
homens-terno, hippies sem cores, jovens-bicicletas, mulheres-salto alto,
escu...
aniversário
-
falei com ela chorando, era a primeira vez que estive deprimida no
aniversário.
pensei na idade, pensei na distância da pátria.
na carência.
no medo da velh...
Prosas Cariocas, Granta, Lettrétage
-
Há oito anos, Marcelo Moutinho e eu organizamos uma antologia chamada
Prosas Cariocas. Escolhemos 16 autores para escrever contos sobre os
bairros do Rio. ...
sobre o Millor
-
Quando eu era pequeno, o meu livro preferido era o "Millor Definitivo". Era
uma coletânea de frases do Millor que eu me apressei em decorar. Sabia o
livro ...
Vida Nova - Autor(Josélia Aguiar)
-
Caro leitor: os blogs da Folha migraram todos para outro formato. E o meu,
de quebra, ganha outro nome: LIVROS ETC. Vá por aqui para me encontrar.
Leia...
-
a sandália nova branca com dedos
que se refestelam do lado de fora
como crianças que sabem o verão que vem
de repente a chuva mingua os planos
da calça jeans...
Um baú feito de ultrajes
-
Matéria originalmente publicada no Jornal do Brasil, em maio de 2010 Em um
iate onde tremula uma irônica bandeira americana, o lendário cineasta
independen...
Endereço novo
-
A Biblioteca de Raquel vai mudar de endereço. Em breve, num outro portal
perto de você (como se algum ficasse longe). Acompanhe por enquanto pela
página no...
O 'maluquinho que escreve letras'*
-
Ele havia deixado o estúdio na Pompeia, em São Paulo, mais do que
satisfeito. Naquela noite, tinha finalizado duas novas canções, as
primeiras de um total ...
o jardim não precisa de mim
-
Tenho um jardim por pura sorte. Há uma dama-da-noite que briga para dominar
uma palmeira, uma samambaia exuberante trazida por passarinhos, vidas
minúscula...
Mensagem de náufrago
-
O Projeto 365 Canções cumpriu sua missão: ouviu e leu uma canção diferente
a cada novo dia durante os 365 dias de 2010.
Agradeço aos companheiros de viagem ...
In MC we trust (por 7A)
-
Dia e noite o Mc Donald’s hasteia sua bandeira norte-americana, contrariando
as leis de seu país original que diz que somente nas instituições nacionais
...
'Notas Musicais' ganha endereço e visual novos
-
Daqui a um minuto, *Notas Musicais* completa quatro anos de existência. E
inicia seu quinto ano de visual e *endereço* novos. Clique *aqui* para entrar
n...
Ouvindo...
-
*Não vale a pena*
(J.E.P. Garfunkel)
Ficou difícil
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do of...
LATUF FOI EMBORA
-
Latuf nos deixou. Andará por Pasárgada, Vênus, as mais belas estrelas.
Poetas não morrem, se transformam. Latuf pulsa e brilha, energia cósmica.
Esteja ond...
MUDANÇA DE ENDEREÇO
-
Este blog morreu. Mas renasceu em www.eduardograca.com, com design e
ilustrações de William Morrisey e fotografia de Victor Affaro. Passe por lá
para uma v...
EVENTO | CLAM: Cultura, gênero e sexualidades
-
*CULTURA, GÊNERO E SEXUALIDADES*
*Judith “Jack” Halberstam*University of Southern California
Especialista em estudos queer, teoria de gênero, arte, literat...
Onde fica o fim do mundo
-
“Bem vindo ao fim do mundo” - assim que desembarco do avião, é o que me
dizem o vento polar e os cartazes turísticos da triangular construção de
madeira...
-
Nos ombros de menina, caía o céu como um lençol azul cheio de estrelas. E
onde antes céu havia ficou um branco vazio muito branco, extremamente
branco.
Ma...
COR AZUL.
-
*A mente esquizofrênica não funciona bem e boicota, sem os remédios, o
tempo todo. Com remédios ficamos bem. Leves e tranqüilos para o mundo, que
é muito b...
'Gatinho Risonho', disse Alice, 'poderia dizer-me, por favor, que caminho devo tomar agora?' 'Depende muito de onde está querendo chegar', disse o gato. 'Não me importo muito para onde estou indo', disse ela. 'Então não importa que caminho irá tomar', disse o gato. Alice no País das Maravilhas - Lewis Carrol