terça-feira, novembro 30, 2010

SOBRE COLHEITAS

o amor é um fruto ácido? melhor com álcool.


lourdes alves, cordelista recifense, colheu esse limão enamorado no quintal de casa, em junho de 2009.

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sexta-feira, novembro 26, 2010

TEMPO

"Sêneca nos ensina que temos que agir sabendo que vamos morrer. Quando se está consciente da morte, distingue-se o essencial do acessório. A consciência da morte muda o modo como utilizamos o tempo. Muda a forma como vivemos. Carta a Lucílio são cartas de Sêneca a um aprendiz. A primeira carta fala precisamente do tempo. O aprendiz reclama da falta de tempo. Sêneca diz a ele: 'Ao invés de se queixar da falta de tempo, vais ver o que é essencial e o que é acessório. E no dia seguinte fazes somente o que é essencial. E assim verás: tens tempo'. "

Gonçalo M. Tavares

['Máquina de escrever', Segundo Caderno, O Globo, entrevista realizada por Karla Monteiro - 25/11/10]


quinta-feira, novembro 25, 2010

GEOGRAFIAS IMAGINÁRIAS


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GEOGRAFIAS IMAGINÁRIAS, DE MAURO FAINGUELERNT

Abertura: 25 de novembro de 2010, 19h às 22h

Exposição: 26 de novembro de 2010 a 26 de fevereiro de 2011

De terça a sábado, 11h às 19h

Galeria Tempo
Avenida Atlântica 1782, Loja E - Copacabana
Rio de Janeiro

quarta-feira, novembro 24, 2010

LEANDRO JARDIM

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O poeta Leandro Jardim convida para o lançamento do seu livro 'Os poemas que não gostamos de nossos poetas preferidos' (Selo Orpheu/Editora Multifoco), no dia 2 de dezembro, às 19h, no Espaço Multifoco.


Espaço Multifoco
Rua Mem de Sá, 126 - Lapa

SIMONE MAGNO

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A escritora e jornalista Simone Magno convida para o lançamento do seu livro 'A lua depois do gravador' (Grua Livros) no dia 29 de novembro, às 19h, na Blooks Livraria.

Blooks Livraria
Praia de Botafogo, 316
[dentro do Arteplex Unibanco]

"Os encontros e desencontros são os fios que amarram as narrativas curtas de amor de A lua depois do gravador – histórias de você e ele. Um amor contemporâneo, pop, urbano. Simone Magno percorre os sentimentos em relação ao outro, sentimentos nem sempre nítidos, não apenas para o objeto, como também para o sujeito que sente. Sujeito e objeto se confundem no amor vivido pelas personagens. Uma cantada num lobby do hotel, numa reunião de trabalho, acaba num café da manhã no dia seguinte, e este fim, num momento de silêncio, é percebido como o começo de tudo. Um amor por vezes efêmero, por vezes perene. A festa em que o namorado apresenta a você um amigo estrangeiro, cineasta, e as suas memórias estão ainda em carne viva, e os três ficam sem graça até o namorado cair em si e desviar o olhar. Um amor por vezes gritado, por vezes silencioso. A entrevista exclusiva que ele concede à jornalista. E depois do gravador desligado, a carícia, a lua. E depois da lua, o Rio de Janeiro, porque ele se casa e não é com você. Um amor por vezes delicado, por vezes louco. O perfume recebido de presente por engano: você achou forte demais, agradeceu dizendo que gostou, mas não era para você, era para Iemanjá. Um amor por vezes desencontrado. E quando você encontra o amor, despeja o líquido no mar; a Iemanjá o que lhe era de direito. Um amor, em todas as suas faces, sempre intenso."


"Será que também da festa universal da morte,
da perniciosa febre que ao nosso redor
inflama o céu desta noite chuvosa,
surgirá, um dia, o amor?"

Thomas Mann, 'A Montanha Mágica'

[epígrafe do livro 'O macaco ornamental', de Luís Henrique Pellanda]

sábado, novembro 20, 2010

"força é mudares de vida"

‎['torso arcaico de apolo', r.m. rilke - trad. manuel bandeira]

LA QUESTION

alegria é encontrar o vinil 'la question', de françoise hardy, a preço de banana num sebo em copacabana





Composição: Françoise Hardy - Música: Tuca - [1971]

La question
Je ne sais pas qui tu peux être
Je ne sais pas qui tu espères

Je cherche toujours à te connaître
Et ton silence trouble mon silence

Je ne sais pas d'où vient le mensonge
Est-ce de ta voix qui se tait

Les mondes où malgré moi je plonge
Sont comme un tunnel qui m'effraie

De ta distance à la mienne
On se perd bien trop souvent

Et chercher à te comprendre
C'est courir après le vent

Je ne sais pas pourquoi je reste
Dans une mer où je me noie

Je ne sais pas pourquoi je reste
Dans un air qui m'étouffera

Tu es le sang de ma blessure
Tu es le feu de ma brûlure
Tu es ma question sans réponse
Mon cri muet et mon silence.


A Questão
Eu não sei o que você pode ser
Eu não sei o que você espera

Procuro sempre te conhecer
E seu silêncio perturba meu silêncio

Eu não sei da onde vem a mentira
É de tua voz que se cala

Os mundos onde, contudo eu mergulho
São como um túnel que me assusta

De sua distância em relação à mim
Se perde sempre muitas vezes

E procurar te entender
É como correr atrás do vento

Eu não sei por que eu fico
Em um mar onde eu me afogo

Eu não sei por que eu fico
em um ar que me sufoca

Você é o sangue da minha ferida
Você é o fogo da minha queimadura
Você é minha pergunta sem resposta
Meu grito mudo e meu silêncio...

[tradução: saki, letras terra]

segunda-feira, novembro 15, 2010

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>>> TERÇAS LITERÁRIAS, GERAÇÃO 00
Dia 16 de novembro, terça-feira, 19h
Autores: Cecilia Giannetti e Ramon Mello
Mediação: Beatriz Rezende
Casa da Leitura da Biblioteca Nacional
Rua Pereira da Silva, 86, Laranjeiras

quinta-feira, novembro 11, 2010

DESARMADO E PERIGOSO



é verdade
roubo beijo
mato saudade


['ninguém muda ninguém', livro de poemas de andré dahmer]

quarta-feira, novembro 10, 2010

terça-feira, novembro 09, 2010

BETHÂNIA E OS SAPOS DE BANDEIRA




Os Sapos - Manuel Bandeira

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinquüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...

segunda-feira, novembro 08, 2010

domingo, novembro 07, 2010



Quand je marche
Juien Bensé

Une fois la, porte ouverte
Une fois mes oreilles couvertes
Par le bruit des chansons
Je m’aventure, au dehors
Je ne pense même plus à mes morts
Je souris, j’ai l’air con
Le vent de Paris me caresse
Je suis en vie, je suis heureux
Est-ce car je suis amoureux
J’oublie le monde de sa misère
La maladie qui gronde, les guerres
Soudain je me sens mieux
Quand je marche dans mes rues
Quand je marche, je marche plus
Qu’au pas de mes chansons
Les gens me prennent pour un fou
Me regardent chanter seul je m’en fous
Pour un instant je les aime
J’ai même envie de faire l’amour
A toutes ces filles qui courent
Mon amour ai-je un problème
Quand je marche dans mes rues
Quand je marche, je marche plus
Qu’au pas de mes chansons
Quand je marche dans mes rues
Quand je marche, je marche plus
Qu’au pas
Quand je marche dans mes rues
Quand je marche, je marche plus
Qu’au pas de mes chansons

quinta-feira, novembro 04, 2010

RSL

hoje, 4 de novembro, rodrigo de souza leão faria 45 anos, luz.


foto: antônio leão


EU.

Morri sem conhecer Rodrigo
Há quem diga que ele
Olhava muito o próprio umbigo

Mas não é isso não
Tinha fome de Leão
Queria tudo agora

Foi
Chegada a hora

[Rodrigo de Souza Leão]

quarta-feira, novembro 03, 2010

"agora que nos vimos, disse o unicórnio para alice, se você acreditar em mim eu acredito em você", lewis carroll


[citação encontrada no livro 'como esquecer', de myriam campello, adaptado para o cinema por malu de martino]

terça-feira, novembro 02, 2010

+ CONVITES, LITERATURA



POESIA NO SESI

>>> HOMENAGEM A FERNANDO PESSOA

Dia 10 de novembro, quarta-feira, ao meio-dia
Participarei do evento 'Poesia no Sesi', organizado por Claufe Rodrigues e Mônica Montone. Ao lado de Alexey Bueno, vou ler poemas de Fernando Pessoa, o poeta homenageado.


PAIXÃO DE LER, SESC RIO

>>> ENTER A POESIA WWW

Roda de conversa e apresentação do projeto ENTER - Antologia Digital (idealização e curadoria de Heloísa Buarque de Hollanda). Pensar a literatura hospedada na internet e sua lógica de percepção.

Dia 10 de novembro, quarta-feira, às 15h.
Poetas: Ramon Mello (mediador), Alice Sant'anna e Ismar Tirelli Netto
Sesc Tijuca – Rua Barão de Mesquita, 539 Tel.: (21) 3238-2164

Dia 11 de novembro, quinta-feira, às 15h.
Poetas: Diana de Hollanda (mediadora), Maria Rezende e Omar Salomão
Sesc Madureira – Rua Ewbanck da Câmara, 90 Tel.: (21) 3350-7744


>>> PERCURSOS DA POESIA

Tendências e transformações da poesia brasileira nas últimas décadas. Roda de conversa com dois poetas e mediação de um pesquisador para debater questões sobre percepções e leituras sobre a poesia, construção poética, referências relevantes para a compreensão do momento presente.

Dia 11 de novembro, quinta-feira, às 15h.
Poetas: Ericson Pires e Ramon Mello
Mediação: Júlio Diniz
Sesc São João de Meriti – Av. Automóvel Clube, 66. Tel.: (21) 2755-7070.

Dia 12 de novembro, sexta-feira, às 15h.
Poetas: Paulo Henriques Britto e Ramon Mello
Mediação: Júlio Diniz
Sesc Madureira – Rua Ewbanck da Câmara, 90 Tel.: (21) 3350-7744


PANORAMA JARAGUÁ: LITERATURA

>>>LIVRO: CRÍTICA E DIVULGAÇÃO

Dia 14 de novembro, domingo, 18h30
Autores/Jornalistas: Marcelo Moutinho, Luís Henrique Pellanda e Ramon Mello
Sesc Jaraguá do Sul - Santa Catarina - Rua Jorge Czerniewicz, 633
Evento organizado por Carlos Henrique Schroeder e Loreno Hagendorn
Programação completa, AQUI!


CASA DA LEITURA, BIBLIOTECA NACIONAL

>>> TERÇAS LITERÁRIAS, GERAÇÃO 00
Dia 16 de novembro, terça-feira, 19
h
Autores: Cecilia Giannetti e Ramon Mello
Mediação: Beatriz Resende
Rua Pereira da Silva, 86, Laranjeiras
Programação completa, AQUI!

GULLAR NA PRIMAVERA DOS LIVROS



Flávia Muniz fez a gentileza de registrar a conversa com o poeta Ferreira Gullar:






Fotos: Vitor Vogel