terça-feira, agosto 31, 2010

MOINHO






O Mundo é Um Moinho
Cartola
Composição: Cartola

Ainda é cedo, amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho.
Vai reduzir as ilusões a pó

Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com os teus pés

sábado, agosto 28, 2010

DEPUTADO FEDERAL


nesta eleição vou votar no meu amigo Jean Wyllys [5005] para deputado federal, pois acredito em sua integridade e sensibilidade.

jean wyllys tem tudo para se tornar um político combatente.










quarta-feira, agosto 25, 2010

O CANTOR ROMÂNTICO ABANDONADO






"Nasceu em Lisboa corria o mês de Janeiro de 1979. Gonçalves é do signo Capricórnio com ascendente em Capricórnio, o que lhe confere características de uma personalidade forte e complexa. A sua infância e adolescência passou-a entre o mar da Costa de Caparica e das ilhas dos Açores, onde tem familiares distantes. Desde muito cedo que a sua paixão pela música e o mar levou-o a tomar decisões arrojadas e arriscadas. Abandonou a sua carreira académica e o surf que praticava de forma profissional para viajar a bordo de cruzeiros, primeiro como barman e mais tarde como artista a bordo. Foi assim que Gonçalves descobriu outros mundos e teve a oportunidade de conhecer variadíssimos artistas e cantores internacionais que o motivaram a escrever os seus sentimentos."

INFLUÊNCIAS:

ROBERTO CARLOS - "o maior e mais longiquo cantor latino, compositor e intérprete dos mais belos poemas de amor. É Rei Ro que personifica a ideia de que o cantor canta é o que o cantor vive"

SERGE GAINSBOURG - "o compositor eximio, letrista acutilante, o olhar sempre penetrante e sério. inovou a canção romântica com novos arranjos e inundou-a de ironia e sarcasmo"

DAVE - "o cantor holandês mais francês que existiu, sempre simpático e com sorrisso pronto, a sua voz é doce. Dave não canta o sofrimento, Dave é feliz. Rodeou-se de belos maestros e foi o unico a cantar Proust nas suas canções"

BEACH BOYS - "o quarteto que elevou os coros a outra dimensão. claro que na canção romântica raramente temos harmonias corais, mas os Beach Boys fazem-nos acreditar que a música é espacial por natureza"

MICHEL DELPECH – o cantor francês trágico, atingiu o sucesso com “Pour un Flirt” e caiu em depressão. Tem uma voz segura e uma presença sóbria mas fascinante. Compôs ainda um grande êxito desconhecido “Fan de Toi”

ELVIS PRESLEY - "sempre cantou canções de amor, mesmo no rock n´roll, o artista por natureza, com o Elvis em palco o show é tudo"

JÚLIO IGLESIAS – “a maior invenção da canção romântica, a sua personagem é admiravelmente moldada quando é contratado por uma major Americana. Torna-se o Icon do cantor latino e o que melhor trabalhou a expressão da sua voz. Para além disso teve dois estrondosos maestros a seu lado: Rafael Ferro e Ramon Arcusa”

ADAMO – um dos clássicos e eternos cantores, compositor maravilhoso e voz inconfundível, Viens Ma Brune, Tombe la Neige ficarão para sempre no cancioneiro”

SERGIO & MADI – “o verdadeiro e improvável duo romântico português. Sérgio Wonder e Madi, claro-escuro da canção ligeira. Produzidos por António Sala nos a os 80, quando ainda havia Mercado para a canção romântica.”

www.goncalogoncalves.com

DIRETO DO SÍTIO





TAPETUM LUCIDUM

é necessário enxergar o amor nas pupilas verticais dos olhos de um gato

terça-feira, agosto 24, 2010

segunda-feira, agosto 23, 2010

“Não creio que haja nenhum período feliz na nossa vida. Às vezes há uma fase de inconsciência da infelicidade. Nesse espaço de tempo, julgamos estar vivendo uma época feliz. Em realidade, o descontentamento não veio à tona. Estava em gestação no acontecimento. Só notamos quando a ocorrência vem à superfície dos nossos cinco sentidos. Porém ele nunca deixou de existir. É a esse hiato entre a ignorância e o conhecimento do desagradável que denominamos puerilmente de “época feliz”. O próprio amor que é a mais verdadeira proximidade da felicidade, não desligado jamais de um grande subterrâneo sofrimento. Sobre as horas ardentes de uma plena satisfação amorosa, estão o desgosto e o sofrimento vigiando o primeiro cansaço e o primeiro tédio para flutuarem num tempo mais largo, com maior duração e fundas conseqüências do que o momento nos trouxe a sensação do eterno (...) Sou um ser anaglífico vivendo uma sincera fusão de duas imagens de perspectivas semelhantes. Há uma intensidade de forças em profundidade e em extensão girando em meu redor como o ectoplasma. Daí sentir-me constantemente no limbo.”

Adalgisa Nery, A Imaginária (1959)


[anaglífico: adj. 1. em que há anáglifos; 2. em que há ilusão de relevo ou profundidade]

sexta-feira, agosto 20, 2010

O SONHO DE DRUMMOND




leia a matéria na íntegra, AQUI!
um fã, junto com o amigo, deixou um bilhete para Renato Russo e recebeu como resposta uma carta com sugestões de leituras.

"Uma boa idéia rapazes é ler livros. Aí vocês verão que nem sou tão original"

[clique na imagem para ampliar]


-> a lista de livros recomendados por Renato Russo:

Zen e a Arte de Manutenção de Motocicletas, Robert Pirsig

A Montanha Mágica, Thomas Maan

Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley

Estórias de Fada, Oscar Wilde

A Revolução dos Bichos, George Orwell

Capitães de Areia, Jorge Amado

Encontro Marcado, Fernando Sabino

O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger

Discurso Sobre a Servidão Voluntária, Etienne de la Boétie

O Senhor dos Anéis, JRR Tolkien

Siddharta, Herman Hesse

Demian, Herman Hesse

Narciso e Goldmund, Herman Hesse

O Lobo da Estepe, Herman Hesse

Histórias Extraordinárias, Edgar Allan Poe

Fundação, Isaac Asimov

1984, George Orwell


-> Outros autores:

Júlio Verne

Fernando Pessoa

Carlos Drummond de Andrade

Colin Wilson


-> Outros livros:

O Vampiro Lestat, Anne Rice

Feliz Ano Velho, Marcelo Rubens Paiva

[Fonte: Fantástico]

quinta-feira, agosto 19, 2010

SÉRGIO BRITTO, O TEATRO & EU

"a segunda vez, não só a primeira, pode ser importante", Sérgio Britto.


meu segundo encontro com o mestre.

> leia a entrevista na íntegra, AQUI!

SOBRE AS FOLHAS

sexta-feira, agosto 13, 2010

"(...) o livro, materialmente, na sua feição mais requintada ou mais generalizada presente - folhas de papel impresso, alçadas, coligadas e vestidas numa unidade normalmente portátil (mesmo que a duas mãos) -, esse livro pode desparecer: mas não desaparecerão, com sua fisicidade, as suas mensagens e seus códigos (...) O computador que equivale à soma de todos os livros será um servo daqueles dialetos - da linguagem oral, que sobretudo resultado dialético da linguagem escrita (...) O 'Livro' poderá, assim, para certos fins, apresentar-se sob outra técnica física. Mas enquanto perdurar o rigor da leitura a sós, o enlevo da leitura a sós, a emoção do manuseio sensual das páginas, enquanto isso perdurar, teremos os livros-livros, estes que estão aí tão incorporados a nossa maneira de sermos humanos"

Antônio Houassis, prefácio de A Construção do Livro, de Emanuel Araújo

BRASIL-HAITI


"No começo de 2010, quando o terremoto no Haiti tirou a vida de milhares de pessoas e deixou um número ainda maior de desabrigados, o inglês Greg McQueen fez um apelo na internet: queria reunir 100 histórias, não necessariamente sobre as tragédias, e publicá-las em um livro. A receita líquida seria destinada a organizações envolvidas na ajuda humanitária do país. A partir daí, nasceu o livro 100 Stories for Haiti (100 histórias para o Haiti).

Pensando em ajudar não só o Haiti, mas também as vítimas dos desastres naturais que assolaram o Rio de Janeiro, Pernambuco e Alagoas, que a Garimpo Editorial resolveu lançar uma nova versão, intitulada Brasil-Haiti ―101 histórias. Uma esperança. Na versão brasileira, cerca de 30 histórias foram escritas por autores nacionais, substituindo parte dos contos originais. E foi adicionada uma história extra, em quadrinhos.

Os autores: Carlos Nomoto, Alasdair Stuart, Alex Irvine, Andy Parrot, Angela Dutra Menezes, Antonio Carlos Secchin, April L. Hamilton, Barry Cooper, Ben-Edy, Billy O'Callaghan, C.S. Soares, Catriota Gunn, Charlie Taylor, Clare Reddaway, Claudia Boers, Claufe Rodrigues, Dan Powell, Debora Fielding, Elaine Everest, Elizabeth Reeder, Elomar Jardim, Emily George, Felipe Pena, Fernando Alves, Fionnuala Murphy, Francesca Burgess, Galeno Amorim, Gillian Best, Glynnis Scrivers, Greg McQueen, Gwen Grant, Henrique Rodrigues, Jac Cattaneo, Jack O'Donnell, Jane Roberts, Jane Thomas, Jason E. Thummel, Jean Blackwell, Jenna Wallace, Jennifer Domingo, Jim Harrington, Joanna Campbell, João Gabriel de Lima, João Montanaro, Joel Willans, Julia Bohanna, Justin Stanchfield, Katrerne Spink,Katy Darby, Kirsty Logan, Lauri Kubuitsile, Layla O'Mara, Lúcia Bettencourt, Luis Eduardo Matta, M.C.M., M.G. Farrelly, Maire Cooney, Marcelo Moutinho, Márcio-André, Martin Reed, Martin Tyrell, Mary Walkden, Maureen Vicent-Northam, Mauro Ventura, Menalton Braff, Mo Fanning, Moacyr Scliar, Monica Pocker, Nadene Carter, Nick Harkaway, Nicola Taylor, Nuala Ní Chonchúir, Omar de Souza, Ozzie Nogg, Pam Howes, Patrícia Sotello, Patti Jazanoski, Peter Morin, R.J. Newlyn, Rachel Shukert, Ramon Mello, Raymundo Silveira, Roberto Muggiati, Rosemary Gemmell,Ryan Spier, Sarah Ann Watts, Sergio Pavarini, Sherri Turner, Siân Harris, Sidney Rocha, Simone Magno, Susan Partovi, Sylvia Petter, Tania Hershman, Teresa Cristina Abreu, Teresa Stenson, Tim Maguire, Tony Cook, Trevor Belshaw, Valéria Martins, Vanessa Gebbie e Virgínia Martin.

Lançamento na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo nesta sexta-feira, dia 13 de agosto, das 18 às 18h45 na Sala de Coletivas de Imprensa.


Rio-Haiti
Obra reúne histórias de solidariedade

Ricardo Costa, Ramon Mello, Valéria Martins,Carlos Nomoto, Claudio Soares e Gregory Pek.

O primeiro passo da solidariedade foi dado pelo inglês Greg McQueen, que vive na Dinamarca. Tocado pela tragédia provocada pelo terremoto no Haiti, no início do ano, ele lançou um apelo na internet: queria reunir 100 histórias, não necessariamente sobre as tragédias, e publicá-las em um livro. A receita líquida seria destinada a organizações envolvidas na ajuda humanitária do país. Em pouco tempo, ele arrebanhou diversas contribuições, necessárias para formar o livro "100 Stories for Haiti - 100 histórias para o Haiti".

"Fiquei impressionado com a mobilização e decidi ajudar não apenas as vítimas do Haiti mas também os desabrigados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Alagoas", conta o jornalista Ricardo Costa, editor do site de informações "Publish News". Também o retorno foi rápido - ao mesmo tempo em que recebeu sinal positivo de diversos autores, ele conseguiu o apoio da Garimpo Editorial, que se responsabilizou pela edição brasileira, e também da Visão Mundial, uma das maiores e mais respeitadas organizações de promoção de justiça e assistência do mundo, que se ofereceu para intermediar o envio da receita líquida aos projetos de auxílio nos dois países. União de esforços que resultou em "Brasil-Haiti - 101 Histórias. Uma Esperança" (256 páginas, R$ 25).

O livro traz 70 narrativas originais, cujo trabalho de tradução também foi voluntário. O restante são as contribuições nacionais, de autores como Moacyr Scliar, Antonio Carlos Secchin, Mauro Ventura, Galeno Amorim, Angela Dutra de Menezes entre outros. "Eu não tinha nenhum texto guardado - atualmente, com blogs, é difícil manter algo inédito -, mas decidi ajudar, criando rapidamente uma história que não tem necessariamente uma relação com a tragédia", conta Ramon Mello, autor das belas poesias de "Vinis Mofados" (Língua Geral).

Diferente da original, a edição brasileira também traz uma história extra, em quadrinhos. O livro está à venda no estande da Garimpo, na Bienal do Livro, e logo deverá chegar às grandes livrarias, que também aceitaram participar da causa.


[Ubiratan Brasil - Estado de São Paulo 16/08/2010]


quinta-feira, agosto 05, 2010