segunda-feira, janeiro 31, 2011

sábado, janeiro 29, 2011

JE VEUX




Mescla de estilos e ''panelas'' no Rio
A Palavra Toda também recebeu música, teatro e artes visuais; MCs deram tom da diversidade

Roberta Pennafort - O Estado de S.Paulo

Com um semblante que se traduzia em assombro e alegria, Heloísa Buarque de Hollanda avaliava, na terça-feira à noite, sua mais recente empreitada: o festival de poesia A Palavra Toda, gratuito e inédito. "Eu que inventei e eu mesma me espanto. A gente afirma que a poesia não é para todos, que é de elite, mas, na hora do "vamos ver", não é, não."


Fabio Motta/AE
Chacal. O poeta provocador fala ao 'desrespeitável público'
A pesquisadora tem toda a razão. Bastava olhar para a plateia do Espaço Sesc, em Copacabana, para ver nos rostos (de estudantes, senhorinhas, escritores e aspirantes) o interesse e a satisfação - maiores do que um certo estranhamento -, de ver misturados poesia, teatro, música, artes visuais, durante quatro horas.

Foi assim na segunda e na terça, quando se revezaram no palco do teatro de arena gigantes da poesia brasileira - Antonio Cicero, Carlito Azevedo, Geraldo Carneiro, Salgado Maranhão - e nomes novos e instigantes, como Alice Sant"Anna, Ramon Mello, Omar Salomão, Maria Rezende e Marília Garcia, "marinheiros de primeiros naufrágios".

Nas duas noites da "festança da palavra", a participação de MCs deu o tom da diversidade. Na terça, o grupo REP (Ritmo e Poesia), formando por cinco jovens que se reúnem para batalhas nas ruas semanalmente, contagiou mesmo os não iniciados, com versos de improviso que falavam da sensação de se estar "a dois passos do paraíso, mas a um do precipício". Ocuparam o mesmo espaço para onde iriam se dirigir mestres e doutores da língua portuguesa, caso de Mariano Marovatto, Aderaldo Luciano, Masé Lemos e Paulo Henriques Britto, entre outros, que recitaram suas poesias. Diferentes dicções, "alta" e "baixa" cultura; o mesmo entusiasmo com a "matéria-prima".

A costura era feita pelo provocador Chacal, o homem-palavra, símbolo da poesia marginal dos anos 70, que também leu das suas para o "desrespeitável público". "Já fiz muito evento de poesia, mas nada assim tão didático, com os diferentes suportes, as gerações misturadas, essa profundidade toda", contou o criador do longevo "centro de experimentação poética" CEP 20.000, que festejou 20 anos em 2010.

"Queremos refazer uma ou duas vezes por ano. O Rio é muito associado ao samba e ao carnaval, e, com esse calor, é difícil até pensar. Mas é legal mostrar que há uma inteligência na cidade, mesmo no verão. Até porque o Rio sempre foi forte na poesia falada, desde Vinicius de Moraes à poesia marginal. Em São Paulo, é mais a poesia concreta."

Empolgada com a "demanda reprimida" que constatou, Heloísa, que há muito acompanha essa diluição de fronteiras na internet, também já pensa no próximo festival. Quer que seja "grandalhão", com mais "misturas de panelas". Possivelmente serão chamados escritores de fora do Rio - esta primeira edição teve elenco bem carioca. Mesmo porque tudo foi organizado em apenas um mês.

Quase todo mundo que foi convidado aceitou de pronto - quem não veio foi porque já tinha compromissos assumidos. "Os poetas querem expor seu trabalho, e não ficar só no suporte do livro", disse Ramon Mello, coorganizador.

O mais bonito é ver o encontro: de turmas, de estilos, de palavra e música (MC Nike, Letuce, Madame Kaos, Fausto Fawcett), poesia e teatro (com Paulo José e Ana Kutner mostrando um pedaço de seu belo trabalho sobre Ana Cristina César, e Carla Tausz encenando Hilda Hilst).

"Saio daqui louca de vontade de escrever, poderia ficar muito mais horas. Encontrei vozes bem diferentes", conta Maria Rezende, que tem 32 anos e dois livros publicados.

"Isso aqui abriu minha cabeça. Sou formado em Farmácia, mas escrevo, e me identifiquei muito com a maneira com que a minha geração escreve. Quando estudo, eu só vejo o que os poetas já mortos viveram", comentava Ricardo Fernandes, de 24 anos. "Isso aqui vai pegar! O Rio é a cidade da poesia!", predisse Salgado Maranhão.

Festival 'A palavra toda' reúne diversos artistas no Espaço Sesc

Luiz Felipe Reis - O Globo

Heloísa Buarque de Hollanda não esperou o sol esquentar para sair de casa. Às 8h, ela já estava na rua para uma reunião. Às 9h, seguiu para outra. E às 10h voltou para casa, para uma terceira. Mas esta última era diferente. Tratava de uma causa inédita. Afinal, nestas segunda e terça-feira, o Espaço Sesc, em Copacabana, serve de palco para "A palavra toda", o primeiro festival de poesia da cidade. Quem afirma é ela - acadêmica respeitada por sua contribuição à palavra - e o poeta Chacal, seu parceiro na empreitada ao lado do jovem poeta Ramon Mello. De pé, na sala de seu apartamento, no Leblon, Heloísa quase não se contém ao ter que esperar a chegada dos dois.

Ela suspira, a campainha toca, Chacal e Ramon chegam e a palavra ganha forma para explicar o evento. Chacal diz que o Rio estava com saudade dele mesmo, que a cidade não pode viver incompleta, e que a poesia tem esse papel unificador. Heloísa afirma que nunca se produziu e se veiculou tanta poesia como hoje, por diversas plataformas, e que um evento para celebrar a plavra era mais do que necessário. Enquanto Ramon ressalta a liberdade para transitar entre diferentes linguagens artísticas através da poesia. Juntando as ideias do trio, armam-se os pilares que sustentam "A palavra toda".

- É um momento parecido com a época da antologia ("26 poetas hoje", de 1976), aquela vontade de juntar todo mundo - recorda Chacal. - Mas a antologia era mais a praia marginal, fruto de um período meio seccionado, cheio de panelas, antagonismos... Hoje vivemos um período de convergência, fusões acontecendo entre a academia e o que seria a poesia marginal, além da periferia.

Heloísa joga luz na quebra de barreiras entre as mais variadas formas do fazer poético:
- A grande diferença hoje é a de circulação, a liberdade que temos para experimentar... Todo jovem poeta que eu conheço tem banda, trabalha com teatro, literatura... A poesia se espraiou, não é mais apenas a poesia em si.

E Ramon Melo concorda:

- Hoje você pode estar longe do centro, acessar o blog de um escritor, se comunicar com ele... Isso nos aproxima, desmitifica a posição do autor. Além disso, a facilidade que temos para publicar não se compara com o que acontecia no passado. Muitos poetas ganham seus primeiros leitores nos blogs. Antes tinham que manufaturar seus mimeógrafos, ir para a rua.

Nos dois dias, há atrações das 18h às 22h. Entre os destaques desta segunda-feira, "A palavra em cena", com Paulo José e Ana Kutner, às 18h30m; "Agora é hora", com Alice Sant'Anna, Mariano Marovatto e Gregorio Duvivier, entre outros, às 19h30m; "Noves fora tudo", com Viviane Mosé e Carlito Azevedo, entre outros, às 20h30m; "Às margens plácidas", com Antonio Cicero e outros, às 21h30m; e "A palavra cantada", com Letuce, às 22h. Na terça, prometem "Agora é hora", com Ramon Mello, Omar Salomão, Vitor Paiva e Ericson Pires, entre outros, às 19h30m; "Às margens plácidas", com Geraldinho Carneiro, Chacal, Pedro Lage, Salgado Maranhão e Armando Freitas Filho, às 21h30m; e "A palavra cantada", com Fausto Fawcett, às 22h.

Chacal frisa que o Rio sempre esteve próximo à palavra, viva, em constante transformação, seja através dos bailes funk, das rodas de samba ou das batalhas de improviso do rap. E é mesclando poesia teatro e música que eles chegaram à essência que rege o encontro.

- Fui convidada pelo Sesc para fazer um evento de poesia e não pensei duas vezes antes de chamar o Chacal - conta Heloísa. - Ele é uma peça fundamental. É o único que continua militando fielmente, e representa o começo da minha paixão pela poesia. A gente está ficando mais velho, então acho que é a hora de ficarmos juntos, botar para quebrar.

A intenção do trio é que o evento se torne anual, sempre no verão, que é quando a cidade vai para as ruas. Aos olhos dos três, é nesse cruzamento que a poesia tem de estar inserida.

- O Rio passou por um longo período de baixa autoestima - diz Chacal. - Então, essa união da cidade partida precisa ser celebrada. Nos anos 60 e 70, a poesia era ligada à cidade, aos movimentos políticos, ao carnaval, ao calor do verão... Depois a coisa migrou para a academia e para os guetos. Agora vejo que ela tem de retomar seu lugar, a cidade ficou carente de poesia e de pensamento. Temos que nos reunir através da poesia para pensar a cidade.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

LIÇÃO DO PROFESSOR LATUF





palavras finais?
não existem
toda palavra é
recomeço

quarta-feira, janeiro 19, 2011

A PALAVRA TODA




A PALAVRA TODA PARA O RIO

“O Rio estava com saudade dele mesmo. Aquilo que as circunstâncias separaram, volta organicamente a se juntar. A cultura carioca não pode viver sem ser completa. Fica faltando. O Rio sempre foi uma cidade inclusiva, sede da corte imperial, capital da república até a invenção de Brasília. Uma cidade acima de tudo cosmopolita.

O Rio sempre foi bom alquimista. Do samba-jazz da bossa nova ao samba-rock de Jorge Benjor, ao beat-modernista da poesia marginal, às reuniões de Villa-Lobos, Bandeira, Pixinguinha, Almirante na casa de Tia Ciata. Do rap samba funk de Fernanda Abreu, Fausto Fawcett e Marcelo D2 à incorporação da cultura hip-hop pelos nossos mestres Heloisa Buarque e Hermano Vianna. O Rio não precisou de nenhum manifesto modernista. Já tínhamos Noel Rosa.

Uma cidade que sempre esteve próxima à palavra viva com suas rodas de samba, seu partido alto, à grandeza de Vinícius falando seus poemas na noite de Copacabana, à fala em delírio dos poetas marginais dos anos 70 ao rap de D2, BNegão e Black Alien das Batalhas do Real e do Zoeira Hip-Hop na Lapa dos anos 90. Uma cidade assim pede um festival à altura. A PALAVRA TODA vem suprir esta demanda.

A palavra em seus muitos suportes, em seu mais diverso repertório. Espanando o bolor dos puristas, incorporando outras linguagens com a música, o teatro, o mundo digital, A PALAVRA TODA mistura. Mistura a academia com a rua, as mais diversas gerações, mistura a “alta” e a “baixa” cultura, apresenta as diferenças para que nesse atrito, nessa troca, a cultura da cidade volte a fluir.

A palavra poética se tornou muito estigmatizada nesse tempo audiovisual e assim como a cidade de tempos atrás, se bifurcou entre guetos distintos e coisa de especialistas. Mas inspirado nos novos rumos do Rio, juntamos todas as pontas, convocamos suportes que sempre tiveram forte relação com a palavra como a canção e o teatro e invadimos o Espaço Sesc, em Copacabana. Nos dias 24 e 25 um sem-número de poetas de todas as tribos, dos 70, 90 e 00, do rap ao repente, do hip-hop à academia, enfim um batalhão de gente do verbo, da cena e do ritmo para dar força a um unificado e pacificado Rio de Janeiro, dar sentido a esse verão. Ou não.

O Rio tem uma riquíssima tradição no uso da palavra. Seja ela cantada, entoada, falada ou escrita. Aqui nasceram e viveram nossos grandes poetas, músicos e compositores. Do samba à bossa nova, do modernismo à poesia marginal, do neoconcretismo ao tropicalismo, de Nelson Rodrigues ao Asdrúbal Trouxe o Trombone, todos se inspiraram nessa topologia única de montanhas que deságuam no mar.

O Rio sempre foi uma cidade festiva e festeira, de muitos e brilhantes festivais. Durante o verão então, entre turistas de todo lugar, a cidade regurgita sua cultura e natureza nas praias, nas noitadas da Lapa e ensaios das escolas de samba. Rio 40º. Se o Rio comemora a possibilidade de vir a ser uma cidade una, com o direito de ir e vir e de circular por sua imensa geografia cultural, a palavra não pode ficar de fora. Agora que a cidade segue em nova direção, a palavra, padroeira do sentido, instrumento maior de expressão e comunicação, quer estar junto. Agora o Espaço Sesc abre sua gloriosa arena e foyer para um esperado festival de poesia.

A PALAVRA TODA é o festival de poesia que faltava para a cidade. O Rio é poesia, o Rio é A PALAVRA TODA”.

Chacal



PROGRAMAÇÃO

Nos dia 24 e 25 de janeiro, segunda e terça-feira, o Espaço Sesc, em Copacabana, vai soletrar em alto e bom som o que há de mais vivo no Rio de Janeiro em se falando da arte da palavra. Com curadoria de Chacal e Heloisa Buarque de Hollanda, a festa começa às 18h com o VJ Christiano Menezes embalando o público com seus mashups, suas colagens digitais, trazendo a palavra daqui e de fora.

Na segunda, às 18h30, começa “A palavra em cena”, bloco em que o poema se vale da cena para melhor se fruir. E ainda teremos trechos da peça “Um navio no espaço” com textos de Ana Cristina César interpretados pelo ator Paulo José e pela atriz Ana Kutner. Na terça, Carla Tausz faz um trecho de “Jozú, o encantador de ratos”, de Hilda Hilst.

Na sequência, a poesia e o ritmo em “O rapto da palavra”. No primeiro dia o rap ganha força na voz e na rima de MC Nike e Re.Fem. Na terça, Nissin Instantâneo, Ricardinho, Babu, Bidi Dubois e Durango Kid fazem uma roda de rima, que se alastra pelas praças do Rio e Niterói.

Às 19h30 é a vez de “Agora é hora”, em que os poetas da última geração mostram como são atinados com a palavra escrita. Poetas do CEP 20.000, poetas da PUC, poetas que se iniciam por escrito ou na internet. Poetas contemporâneos. Na segunda, Alice Sant´Anna, Augusto Guimarães Cavalcanti, Pedro Rocha, Mariano Marovatto, Ismar Tirelli Neto e Gregório Duvivier. Na terça, o trem parte com Ramon Mello, Maria Rezende, Marília Garcia, Omar Salomão, Vitor Paiva e Ericson Pires.

Em seguida entra “A palavra contada” com seus repentes, a tradicional e popular poesia falada brasileira. Numa Ciro, a imensa performance, e o escritor Marcus Vinícius Faustini, na segunda, e Aderaldo Cangaceiro, o grito do agreste, na terça.

“Noves fora tudo” é a poesia dos anos 90, apurada, refinada, depurada. Na segunda, Viviane Mosé, pilar do CEP 20.000 e sua dança entre poesia e filosofia. Ainda nesse dia, o grupo: Carlito Azevedo, Felipe Nepomuceno, Valeska de Aguirre, Heitor Ferraz trabalharão palavras e imagens. Na terça, o bicho pega, o couro come com Paulo Henriques Britto, Alberto Pucheu, Carmen Molinari e Masé Lemos. Um mix de gêneros e genialidades.

A sequência é feita pelo bloco “Coletivos”. Na segunda, o Coletivo Cachalote, com Gabriela Marcondes (poesia), Ana Costa e Andrea Capella). Elisa Pessoa (fotos). Na terça, Madame Kaos com as poetas Beatriz Provasi, Marcela Gianninni e Arnaldo Brandão (baixo). A poesia e o espetáculo, roda de poetas.

Depois entram os veteranos dos anos 70, o bloco “Às margens plácidas”. A poesia que trouxe a fala e o corpo para o meio da roda. Na segunda, Chico Alvim, Charles Peixoto, Ronaldo Santos, Antonio Cicero e momento K7 com Zuca Sardana. Na terça, Geraldinho Carneiro, Chacal, Pedro Lage, Salgado Maranhão e momento K7 com Armando Freitas Filho.

Enfim, como em toda festa, o corpo também quer balançar, A PALAVRA TODA fecha com “A palavra cantada”. Na segunda, Letuce, de Letícia Novaes e Lucas Vasconcellos e na terça, fechando os trabalhos, invocando deuses e diabos de Copacabana 40º, o seu cantor, Fausto Fawcett e companhia.

A PALAVRA TODA serão dois dias que formarão um grande painel da palavra no Brasil das últimas décadas do último milênio até agora nos dias que voam. Quem souber ouvir, vai viajar.


DATAS E HORÁRIOS

Serviço: Espaço Sesc
Rua Domingos Ferreira, 160 – Copacabana
De 18 às 22 hs.
Entrada franca.
Tel.: (21) 2547-0156

Dia 24 de janeiro – Espaço Sesc, Copacabana


18h30 – ‘A palavra em cena’ – Paulo José e Ana Kutner

19h – ‘O rapto da palavra’ – MC Nike e Re.Fem

19h30 – ‘Agora é hora’ – Alice Sant´Anna, Augusto Guimaraens Cavalcanti, Pedro Rocha, Mariano Marovatto, Ismar Tirelli Neto e Gregório Duvivier

20h10 – ‘A palavra contada’ – Numa Ciro e Marcus Vinícius Faustini

20h30 – ‘Noves fora tudo’ – Viviane Mosé, Carlito Azevedo, Felipe Nepomuceno, Valeska de Aguirre e Heitor Ferraz

21h – ‘Coletivos’ – Cachalote (Gabriela Marcondes, Elisa Pessoa, Ana Costa e Andrea Capella)

21h30 – ‘Às margens plácidas’ – Chico Alvim, Charles Peixoto, Ronaldo Santos, Antonio Cicero e momento K7 com Zuca Sardana

22h – ‘A palavra cantada’ – Letuce (Letícia Novaes e Lucas Vasconcellos)


Dia 25 de janeiro – Espaço Sesc, Copacabana


18h30 – ‘A palavra em cena’ – Carla Tausz

19h – ‘O rapto da palavra’ – REP (Ritmo e Poesia): Nissin Instantâneo, Ricardinho, Babu, Bidi Dubois e Durango Kid

19h30 – ‘Agora é hora’ – Ramon Mello, Maria Rezende, Marília Garcia, Omar Salomão, Vitor Paiva e Ericson Pires

20h10 – ‘A palavra contada’ – Aderaldo Luciano

20h30 – ‘Noves fora tudo’ – Paulo Henriques Britto, Alberto Pucheu, Carmen Molinari e Masé Lemos

21h – ‘Coletivos’ – Madame Kaos (Beatriz Provasi, Marcela Gianninni, Juliana Hollanda e Arnaldo Brandão)

21h30 – ‘Às margens plácidas’ – Geraldinho Carneiro, Chacal, Pedro Lage, Salgado Maranhão e momento K7 com Armando Freitas Filho

22h – ‘A palavra cantada’ – Fausto Fawcett

Mostra paralela - A poesia toda
Fotos, vídeos e outros objetos poéticos

Alberto Saraiva // Arnaldo Antunes // Alex Hamburguer // André Vallias //Chacal // Christian Caselli // Gabriela Marcondes // GrupoUM // Gustavo Peres // João Bandeira // Lenora de Barros // Márcio-André // Marcelo Sahea // Paulo de Toledo // Renato Rezende // Zuca Sardana

FICHA TÉCNICA

Curadoria
Chacal e Heloisa Buarque de Hollanda

Organização
Ramon Mello

Coordenação Geral
Elisa Ventura

Produção
Camilla Savoia
Luiz Cesar Pintoni
Nanda Miranda

Direção de Arte
Retina 78

Realização
Sesc Rio

Idealização e produção
Aeroplano Editora

Apoio
Blooks Livraria
Retina 78

segunda-feira, janeiro 17, 2011

MANTRA

"ser incoerente na vida é muito importante"
[suzana amaral, cineasta]

quinta-feira, janeiro 13, 2011

DEUS ME LIVRE DE SER NORMAL

















Hermógenes: Deus Me Livre de Ser Normal

Direção: Marcelo Buainain
Co-produção: Marcelo Buainain, Ginga Filmes
TV Universitária do Rio Grande do Norte
Fundação Padre Anchieta - TV Cultura

"O documentário de 50 minutos tenta sintetizar os 84 anos de experiência do mestre yogui José Hermógenes de Andrade Filho, potiguar há décadas radicado no Rio de Janeiro, pioneiro da medicina holística e introdutor do Yoga no Brasil.

Cientista, filósofo e escritor com mais de 30 livros já lançados ao longo de 50 anos de estudos e ensinamentos, o professor Hermógenes ficou conhecido por ser criador de técnicas que visam administrar o estresse e treinar o corpo, a mente e o espírito para a superação das mazelas que atormentam a sociedade moderna como o caos urbano, as doenças, a alienação, a prisão material e o medo da morte.

O documentário tem quatro momentos: um biográfico, outro científico, poético e outro com depoimentos de pessoas como Leonardo Boff, o líder espírita Divaldo Pereira Franco, a cantora Elba Ramalho, o escritor Pierre Weill, o padre Zezinho e o músico Alberto Marsicano. Também há uma breve reconstituição sobre sua infância, narrada por Carlos Vereza, e poemas declamados pelo ator e discípulo Jackson Antunes.

O diretor baseou sua pesquisa em conceitos holísticos e em temas como yogaterapia, egoesclerose (doença do ego), humildação (exercício da humildade), esteticoterapia (terapia através do belo), risoterapia, Hatha Yoga (postura física), meditação e relaxamento".

domingo, janeiro 09, 2011

"triste vida, triste sina, ser escritor de latrina", anônimo, porta de banheiro no estacionamento da cobal - humaitá, rio de janeiro

segunda-feira, janeiro 03, 2011




stromae (inversão silábica de "maestro") é o nome artístico do cantor e compositor belga paul van haver.