sexta-feira, dezembro 25, 2009

VINIS MOFADOS

Ramon Mello lança seu primeiro livro de poemas

Por Herbert Bastos

Ator, jornalista e poeta. Ou seria ator e jornalista? Ramon Mello nunca desejou ser poeta, embora lesse muita poesia e autores como Caio Fernando Abreu, ouvisse desde sempre muita música popular brasileira e ensaiasse pequenas prosas na adolescência. As coisas na vida dele aconteceram mais ou menos assim: vem de Araruama-Região dos Lagos- para o Rio de Janeiro aos 18 anos para estudar teatro na Martins Pena; Divide apartamento pelo menos umas oito vezes desde que se mudou para o Rio; Faz vestibular para universidades federais, até cair no curso de jornalismo de uma Universidade em Ipanema.

Com o curso, ele consegue alguns trabalhos que o possibilitam uma independência financeira, coisa tal... Mas não é isso que importa agora. O mais importante a ser dito é que Ramon Mello está lançando pela editora Língua Geral o seu primeiro livro de poesia, o Vinis Mofados. O livro surgiu no meio do caminho em que Ramon escrevia o romance All Star Bom é All Star Sujo, que está sendo lapidado com mais tranqüilidade pelo autor neste momento, como um lugar de conforto para ele dizer e viver o que quiser.

Pra quem nunca pensou em ser escritor e poeta, processo que fatalmente atores/jornalistas acabam passando, Ramon Mello mostra o som da sua poesia e toda sua sensibilidade em Vinis Mofados. A cada poema a gente fica sabendo quem são os autores que influenciaram a poesia de Ramon e quem são artistas preferidos: seja por dedicação de poemas a Maysa e Waly Salomão, por exemplo, ou referências direta a Lenine, Adriana Calcanhotto, Caetano Veloso, Nara Leão, Fernanda Takai e outros mais.

Tudo isso além de expor suas preferências de vida, seus amores e decepções posteriores, sem ter receio do que pensariam sobre ele posteriormente a leitura de seu primeiro livro de poemas música. Por escrever poesias sem ponto e sem vírgula, os leitores de Vinis Mofados podem ter uma interpretação diferente do que Ramon escreveu, uma leitura que de repente o próprio autor desconheça a possibilidade, uma poesia que o próprio autor não saiba que existe dentro da poesia dele. Ou seja, poemas que podem ser re-inventados a cada leitura, independente do que Ramon quis propor de imediato.

WTN em Cena

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