Dia 04 de março, quarta-feira, acontece uma nova pré-estréia do documentário ‘Palavra Encantada', de Helena Solberg e Marcio Debellian.
Após a exibição do filme, haverá um sarau com a presença dos poetas Chacal, Botika, Maria Rezende, Alice Sant'Anna, Omar Salomão, Os Sete Novos, Vitor Paiva, Mano Melo, Viviane Mosé e eu, Ramones. Além de vários grupos de poesia do Rio de Janeiro.
O filme percorre uma viagem no cancioneiro brasileiro a partir da relação entre poesia e música e conta com a participação de grandes nomes da nossa cultura, como Adriana Calcanhotto, Antônio Cícero, Arnaldo Antunes, BNegão, Chico Buarque, Ferréz, Jorge Mautner, José Celso Martinez Correa, José Miguel Wisnik, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Lenine, Luiz Tatit, Maria Bethânia, Martinho da Vila, Paulo César Pinheiro, Tom Zé e Zélia Duncan.
Quando se for esse fim de som Doida canção Que não fui eu que fiz Verde luz verde cor de arrebentação Sargaço mar, sargaço ar Deusa do amor, deusa do mar Vou me atirar, beber o mar Alucinar desesperar Querer morrer para viver com Iemanjá Iemanjá, odoiá...
"Todo escritor, mesmo o mais experiente, se faz a partir dessas desilusões. Desiludir-se é o primeiro passo para a literatura. Abdicar dos encantos e das fantasias, desistir de 'vir a ser' - grande, genial, impecável - para simplesmente ser (...) O escritor iniciante não deve se importar em escrever bem, ou escrever corretamente, ou escrever para brilhar. Tudo isso queima - e passa. Tateando às escuras, ele deve preocupar-se, apenas, em escrever. Pode parecer fácil, mas é o mais difícil."
Trecho do artigo A lanterna negra de José Castello, no Prosa & Verso, sobre O Pudim de Albertina (7 Letras) - livro de estréia de Natália Nami. Publicado em 14/02/2009.
Um furacão passou na minha vida, em 2008: o namoro de (quase) três anos acabou; mudei de casa e bairro; perdi um emprego e ganhei outro para perder logo depois; e finalmente terminei a faculdade.
Como se não bastasse tudo isso, minha analista surtou! Verdade. Essa é a minha conclusão, depois chorar, gritar e tentar desesperadamente entrar em contato com ela: liguei, mandei e-mail, deixei recado na secretária eletrônica, fui até o consultório... Nenhum sinal de vida. Nada.
Achei que ela tivesse se matado. Uma analista famosa se suicidou recentemente no Rio de Janeiro, sabia? Mas esse não foi o fim dela, graças a Deus! Eu iria me sentir muito culpado. De certa forma o desaparecimento me trouxe um pouco de culpa, pelo menos no início. Pensei: “Será que ela não suportou ouvir meus problemas? O que eu fiz?”
Depois que o porteiro do prédio me informou que ela prosseguia com o atendimento, fiquei puto! Um mês depois, resolvi deixar um recado malcriado na secretária eletrônica dizendo que queria meus textos de volta, que iria denunciá-la na imprensa, etc. e tal. Depois de muita insistência, ela enviou um e-mail, sem título e sem assinatura, com duas frases:
Os textos solicitados estarão disponíveis sexta-feira, dia 06 de fevereiro, na portaria do prédio no horário de 9h às 17h. Solicito informar quando serão quitadas as consultas em aberto.
Ela ainda teve coragem de me cobrar!?! Então, respondi:
“Vou mandar alguém pegar os textos. Quando vou pagar as consultas? Quando você tiver a dignidade de marcar um dia para explicar o que está acontecendo. Você acha profissional o que está fazendo? Não entendo como uma psicanalista pode desaparecer. Desistiu de me atender e não existe motivo? Quero saber. Tenho direito.”
E copiei uma outra psicanalista no e-mail, como testemunha.
Quem é ela? Não vou dizer, pelo menos agora. Mas vou descrevê-la: magra, alta, cabelos grisalhos, parece com a Clarice Lispector e tem jeito de sapatão francesa. Ela atende no Leblon, na Rua Venâncio Flores, e freqüenta bastante a Livraria Argumento. A mulher adora livros, o consultório é abarrotado deles.
Nossas conversas eram sempre em torno da literatura e dos meus fantasmas, é claro. Escrevi meu romance All Star Bom é All Star Sujo durante o tratamento, não posso reclamar. Para quem acreditava que a análise bloqueava o processo de criação - tolice! – até que o resultado foi gratificante. Inclusive, vou dedicar meu livro a ela, só que in memoriam. Para sobreviver, resolvi matá-la – dentro de mim, que fique claro!
Quem me indicou essa analista? Ninguém. Conheci a espécie rara numa palestra Sociedade de Psicanálise da Cidade do Rio de Janeiro (SPCRJ) sobre depressão e processo criativo. Mas ela não é da Sociedade, estava só assistindo, como eu e meu amigo que fez o convite para conferência. Decidi fazer análise com ela porque parecia com a Clarice Lispector, confesso. Quem manda, né?! Devia ter lembrado que Clarice não era fácil.
Um analista tem todo o direito de não querer me atender mais um paciente. No entanto, eles têm a obrigação de fazer esse desligamento. A surtada podia dar uma desculpa, dizer que não dava mais para receber tão pouco ou coisa parecida. Mas não, optou pelo silêncio. Sumiu. Desapareceu. Escafedeu-se. E se eu estivesse muito deprimido e quisesse me jogar na Conde de Bonfim? Entraria para a lista dos poetas suicidas. Não, não faz meu gênero – creio.
O que devo fazer? Disseram para denunciá-la no Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ). Não sei. Estou em dúvidas, acho que devo dar mais um tempo para ela pensar, colocar a cabeça no lugar. Hum?
Só sei de uma coisa: Não quero entrar num consultório de psicanálise tão cedo. Freud e Jung que me desculpem, mas vou precisar de um tempo para voltar a confiar em outro profissional. Estou de luto.
Fiz 25 anos no dia 14 de fevereiro: Valentines Day e Era de Aquário. Comemorei na Sexta-Feira 13, num boteco em Botafogo e depois da meia-noite fui ao Cinemateque. Só espero que 2009 seja melhor que ano passado, por favor. Será.
Dia 14 também é a data de morte da escritora Carolina Maria de Jesus, a mineira que morava na favela do Canindé, em São Paulo, autora do famoso livro-diário 'Quarto de despejo' – traduzido para 31 idiomas.
1 de julho. Eu percebo que se este Diário for publicado vai maguar muita gente. (...) Quando passei perto da fabrica vi varios tomates. Ia pegar quando vi o gerente. Não aproximei porque ele não gosta que pega. Quando descarregam os caminhões os tomates caem no solo e quando os caminhões saem esmaga-os. Mas a humanidade é assim. Prefere vê estragar do que deixar seus semelhantes aproveitar.
Ganhei meu primeiro Moleskine, aquele famoso caderno de notas produzido na Itália. O caderninho ficou conhecido por ter sido usado por artistas como Van Gogh, Matisse, Picasso e Hemingway. Não tenho frescuras para escrever, rabisco muito em guardanapos, mas gostei do presente. Escrevi esse poema:
medito paro de fumar ouço rôrô acendo vela canto pontos de oxum faço de tudo para apagar você da memória
Diana de Hollanda me enviou esse texto sobre os 25 anos, autoria do escritor francês Georges Perec:
“Você quase nada viveu, e no entanto, já está tudo dito, tudo terminado. Tem apenas vinte e cinco anos, mas sua trajetória está inteiramente traçada. Os papéis estão prontos, os rótulos: do urinol de sua primeira infância à cadeira de rodas de seus velhos dias, todos os postos estão ali e esperam a sua vez. Suas aventuras são tão bem descritas que a mais violenta revolta não abalaria ninguém. Você poderia em vão descer à rua e mandar às favas os chapéus das pessoas, cobrir a cabeça de imundícies, ir descalço, publicar manifestos, atirar à passagem de um usurpador qualquer, de nada adiantará: sua cama já está pronta no dormitório do asilo, seu talher está posto na mesa dos poetas malditos. Barco enfurecido, miserável milagre. O Harrar é uma atração popular, uma viagem organizada. Tudo está previsto, tudo está preparado nos mínimos detalhes: os grandes ímpetos do coração, a fria ironia, o dilaceramento, a plenitude, o exotismo, a grande aventura, o desespero. Você não venderá sua alma ao diabo, não irá, de sandália nos pés, lançar-se ao Etna, não destruirá a sétima maravilha do mundo. Tudo já está pronto para a sua morte: a bala de canhão que o levará há muito foi forjada, as pranteadeiras já estão designadas para acompanhar seu caixão.”
Maria Rezende me deu muitos livros de presente, ela e Rodrigo. Entre tantos livros, o ‘Livro dos Abraços’, de Eduardo Galeano – paixão de Maria. Destaco essa A função da arte/1:
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas, esperando.
Quando o menino enfim alcançou a areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!
Melhor ainda é ler esse texto e depois ouvir Caymmi:
ontem, sexta-feira 13, conversando com lucas viriato, descobri que essa música é minha:
Injuriado
Composição: Eduardo Dusek
Não é que eu tava numa mais ou menos Andando com a rapaziada catita e legal Mas de repente detalhes pequenos Me fizeram entre outras coisas sair do normal Eu fui ficando pouco a pouco injuriado Malhumorado, abandonado sem até poder amar A tal da crise deixou minha vida maluca Com vontade na tijuca de voltar lá pra copacabana Fui à macumba Pedi baixa no emprego Me internaram numa clínica Depois fui viajar Quando voltei foi então que pude constatar Que não adianta fazer nada Pra essa coisa melhorar E então melhorei!...
tijuca: 'ô playboy, perdeu'. correr correr correr. atravesso a conde bonfim entre os carros para fugir do assalto. 'tá com medo, playboy? vamos pegar você!', gritam. fico parado na portaria de um prédio, digo ao porteiro o que está acontecendo: 'dois pivetes querem me assaltar'. 'ih não posso fazer nada', disse o filho de uma égua. sem grana, entro num taxi e chego em casa esbaforido. penduro a corrida.
Fui à Casa de Cultura Laura Alvim assistir a nova pré-estréia do documentário PALAVRA ENCANTADA, de Helena Solberg e Marcio Debellian. Recomendo: a ESTRÉIA OFICIAL será em MARÇO DE 2009.
Leia o texto sobre a estréia do filme no Festival do Rio 2008:
Palavra (En)Cantada’ seduz amantes de música e poesia
Por Ramon Mello
O público do Festival do Rio lotou o Cine Odeon, na noite do último sábado, dia 27 de setembro, para assistir à pré-estréia do filme Palavra (En)Cantada, de Helena Solberg e Marcio Debellian, dentro da programação do Festival.
Adriana Calcanhotto, cantarolando versos do poeta medieval Arnaut Daniel, inicia o filme sobre a relação entre música e poesia.
“Não vamos cair numa discussão infértil: se poesia é mais que letra de música, se letra de música é poesia... Eu acho a vida curta, não tenho tempo para esta questão.”, afirma Calcanhotto, que, através da sua paixão pela poesia, costura a narrativa do filme junto a outros músicos.
Chico Buarque se esquiva da polêmica, minutos depois do compositor Paulo César Pinheiro afirmar que ele é poeta. "Não tenho pretensão de ser chamado de poeta. Nem acho a coisa mais bacana do mundo ser chamado de poeta. E ainda por cima cria um problema danado com os poetas, que ficam com ciúmes.”
A cantora Maria Bethânia, intérprete que carrega a poesia para os palcos, aparece no filme declamando “Eros e Psique”, de Fernando Pessoa, e faz uma bela homenagem a Caymmi.
“Falar de Caymmi é como falar de Guimarães Rosa. É um país bruto e puro (...) Caymmi é como o céu e a terra”, derrete-se Bethânia ao falar sobre o músico e compositor baiano, falecido em agosto deste ano.
Alguns entrevistados arrancam risos da platéia com seus ‘depoimentos-performances’, como Tom Zé falando sobre o seu deslumbre ao ouvir Dorival Caymmi pela primeira vez.
“Eu ouvia no rádio aquele homem cantando ‘vamos chamar o vento, vamos chamar o vento’, assobiando, cantando devagar e depois cantando rápido. Aquilo era muito moderno!”, afirma o ícone do Tropicalismo.
José Celso Martinez Corrêa também faz a platéia gargalhar com sua rápida participação: “Eu comi os Rolling Stones e o Rolling Stones me comeram. Eu comi todo o hemisfério Norte...”, diz o irreverente diretor de teatro enquanto rebola para câmera.
Outro momento hilário é o depoimento do compositor Luiz Tatit sobre a liberdade dos compositores contemporâneos: "Você ouve uma música do Djavan e às vezes nem sabe do que ele está falando".
O longa ganha fôlego e conquista o público através dos recortes de depoimentos com imagens históricas, como Caetano Veloso no Festival da Record, em 1967, logo após cantar “Alegria, Alegria”; a encenação de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, no Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França, em 1966; ou Zeca Baleiro conversando com Hilda Hist na Casa do Sol.
No fim da sessão, a platéia comenta o filme, entre eles: Letícia Spiller, Maria Ceiça, Antonio Pitanga, Suzana de Moraes e Antonio Cicero – que participa do filme recitando o poema “Eu Vi o Rei” (musicado por Marina Lima).
“Sou apaixonada por música e poesia. Esse filme é maravilhoso, provoca sentimento de amor pelo Brasil”, emociona-se a atriz Letícia Spiller.
“Palavra é filme doce! Fiquei com a sensação de que estamos todos interligados pela arte, num só corpo. É lindo”, Pitanga fortalece o coro.
O filme encanta pela forma simples de tratar um tema polêmico. Palavra (En)Cantada é um ensaio de poesia, com a vantagem de reunir sons e imagem sem o hermetismo da linguagem acadêmica. Uma obra que merece ser distribuída nas escolas de todo Brasil. Quem assistir vai sentir orgulho de ser brasileiro e entender melhor o país.
[Matéria publicada em setembro de 2008 no Portal Literal]
Acabo de assistir o último trabalho do saxofonista Leo Gandelman, ‘SABE VOCÊ' - ganhei o DVD de presente. A voz dos convidados, o repertório, a solidão do saxofone tocam a alma - por mais clichê que essa frase possa parecer.
De todos os intérpretes, dois me emocionam muito: Lirinha declamando o poema São demais os perigos dessa vida, de Vinícius de Moraes; e Ney Matogrosso cantando Pra Machucar Meu Coração, de Ary Barroso:
"Está fazendo um ano e meio amor, que nosso lar desmoronou".
As ruínas estão expostas como alicerce do trabalho. Lembro de Clarice Lispector, no livro ‘Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres':
"Estava caindo de tristeza sem dor. Não era mau. Fazia parte com certeza. No dia seguinte provavelmente teria alguma alegria (...) E isto não era mau".
A música invade e fica mesmo após a partida. É lindo. E, também, um pouco triste. Mas a tristeza pode ser bela, não é? É poesia.
Caetano diz, em algum momento do vídeo, que "balada é uma forma de poesia". Fico com a definição do poeta para esse ‘disco' - para usar uma palavra meio fora de moda. Ainda ouço vinil numa vitrola da década de 50.
Gosto mais de tristezas belas; me trazem alegria. É inevitável.
JOSÉ PAES DE LIRA, o LIRINHA, vocalista da banda CORDEL DO FOGO ENCANTADO lançou o livro: ‘Mercadorias e Futuro’. E, ainda, está em cartaz com uma peça de teatro homônima. Conversei com o poeta - a entrevista está no BLOG CLICKIN(IN)VERSOS – na Livraria Odeon, na primeira edição do Boca de Baco, evento que contou com a participação do escritor e amigo Marcelino Freire. Confira, AQUI!
SE LIGA: na próxima semana os entrevistados são Alice Sant’Anna e Lucas Viriato.
Ramon Nunes Mello (14/02/1984), natural de Araruama/RJ, é poeta, escritor e jornalista. Possui graduação em jornalismo pela UniverCidade (2008) e em artes dramáticas pela Escola de Teatro Martins Pena (2004). Como repórter entrevistou mais de 120 escritores brasileiros. É autor dos livros Vinis mofados (2009) e Poemas tirados de notícias de jornal (2011) - contemplado pelo Edital de Autores Fluminenses 2010/2011. Poeta convidado do Rio Occupation London no Battersea Arts Centre (2012). Organizou Escolhas (2009), autobiografia da professora Heloisa Buarque de Hollanda; coorganizou, com Heloisa Buarque, Enter, antologia digital (2009) e, com Marcio Debellian, Maria Bethânia Guerreira Guerrilha, de Reynaldo Jardim (2011). Participou das antologias Como se não houvesse amanhã, 20 contos inspirados em letras da Legião Urbana; (2010), Rio-Haiti, 101 histórias; (2010), Liberdade até agora; (2011), Porto do Rio – Do início ao fim (2012). Curador e responsável legal pela obra de Rodrigo de Souza Leão (1965-2009). Curador e organizador da obra de Adalgisa Nery (1905-1980).
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